De rapaz a bebê

Estamos em negociação para tirar a chupeta do Vini. Durante o dia ele já nem usa mais, só para dormir.
Um dos argumentos que temos usado é que ele já é um rapazinho de 03 anos, então não deveria mais chupar a gui, como ele chama a dita.
Bom, certa tarde estávamos deitados, prontos para um cochilo e ele me entrega a chupeta e fala:

"Toma, mamãe, eu já sou um rapazinho"

Perguntei se era isso mesmo e ele afirmou. Eu avisei que ia jogar fora, ele concordou,  virou pro lado e dormiu.
Fiquei mega feliz, né? Imaginei que ia ser mais fácil do que eu pensava, até que...

No fim do dia, Francisco estava dando banho nele e ele fala:

"Papai, fala pra mamãe que eu ainda sou um bebezinho".

E voltamos a estaca zero...

A escrita

 
Vini estava junto do Francisco fazendo seus rabiscos...
Aí disse que ia escrever o nome dos amiguinhos da escola.
Foi falando o nome de cada um e rabiscando.
Quando Francisco fala pra ele:
Escreve o nome do Pedro Ben.
E ele responde:
Pedro Ben eu não sei escrever.

Ah, claro, todos os outros ele escreveu muito bem!!!

Passando a bola

A Gabi, mãe da Malu, amiguinha do Vini, está grávida e há pouco descobriram que o bebê é um menino.

Vini chega em casa todo animado e fala:
"Mãe a Gabi tá esperando um neném"
E eu, sem ligar nome a pessoa, achei que ele falava da Marina, evangelizadora lá do Centro que também está, ou melhor, estava grávida, o Nuno já nasceu e falo:
Filho, é a tia Marina que tá esperando neném.
E ele, todo cheio de si:
Não, mãe, é a Gabi, mamãe da Malu! E a Malu vai ter um irmãozinhO.
Falou assim mesmo, com um O enormeeee.

Aproveitei o embalo e perguntei:
E você, meu filho, quer um irmãozinho?

Tirando o corpo fora, ele me responde:

Não, mãe, obrigado.

Caça aos pombos

Se tem uma coisa que Vinícius adora, é correr atrás de pombos.
Os infelizes não têm sossego com Vini por perto.
Uma vez fomos ao zoológico e mesmo com tantos bichos interessantes, Vini preferiu correr atrás destes ratos de asas e nem ligou para os paparazzis que insistiam em registrar o momento.

Fazendo arte

E assim nasce um artista...

E o Pluto chegou!!!

E eis que enfim, o Pluto está entre nós...

Quando chegamos na festa do Vini, ele logo foi pra mesa do bolo e pegou um Pluto que tinha lá.
Tentei convencê-lo de devolver pra mesa e tals, mas ele foi taxativo, só devolveria o Pluto da mesa quando o dele chegasse.
Passou parte da festa com o Pluto debaixo do braço e só soltava se alguém prometesse cuidar dele.
Vovó Bela chegou e eu achei que meus problemas estariam resolvidos, mas que nada, estavam só começando...
Eis que o Vini passou o restante da festa com o seu Pluto, que não era um Pluto qualquer, era um Plutão!!!
E desde então, esse é seu amigo inseparável, leva pra quase todos os lugares, dorme segurando o fucinho do bicho e quando, por algum motivo, não dorme com ele, acorda de madrugada pedindo o infeliz...

E nós, bem, nós temos que vez e outra inventar um blá, blá, blá wiskas sachet para que ele não leve o Pluto para todos os lugares...

A escola

A escolha da escola é sempre uma coisa difícil, né?
Imaginem para uma pessoa que não tinha nenhuma referência de escola nas rendondezas de onde mora.
Mas como meu anjo guardião não brinca em serviço, visitamos uma escola e logo de cara nos apaixonamos!
A Oga Mitá é tudo e mais um pouco que eu queria para minha vida escolar.
Mas eu realmente só saberia o quanto ela é boa, com o Vini frequentando as aulas.
E a cada projeto, cada bilhetinho na caderneta, cada reunião de pais e cada encontro com as famílias, eu fui ficando mais satisfeita e tendo a certeza que acertei na escolha.
Mas principalmente por ver a felicidade do Vini em ir para a escola e falar de seus amigos da turma Uru-eu-wau-wau e das suas professoras.
Ah sim, as professoras, são um capítulo a parte nesta história.
O que dizer de uma professora que após alguns anos de profissão ainda se emociona e chora ao falar dos seus alunos?

Bom, sem mais delongas, pois este assunto me emociona muito e já me fez rolar muitas lágrimas.
Fica só um registro da turma e meu muito obrigada a Valéria, Déborah e Isabel, pelo enorme carinho e tudo que fizeram pelo meu filho no primeiro ano da sua vida escolar.

O que aprendem na escola

Quando o Vini entrou na escola, não falava quase nada, eram pouquíssimas palavras.
Mas em um mês de aula, já tinha ampliado muito o seu vocabulário, aprendendo novas palavras, que muitas vezes eu demorava a compreender o que significava.
Certa vez, eu estava na cozinha, abri a geladeira e ele começou a falar:

"Putas, tananã, putas, tananã"

Na hora eu fiquei um pouco em estado de choque. O sujeitinho acaba de entrar na escola, tanta coisa pra aprender e ele de cara já aprende o que não deve.
Mas logo em seguida, eu notei que a mente suja é a minha, claro, não a dele.
Na verdade, ele estava cantando a musiquinha que eles cantam na escola, na hora do lanche, quando tem, adivinhem...



FRUTAS!

E a música correta era:

"Frutas, tananã. frutas, tananã"

Eu tardo mas não feio...

Antes tarde do que nunca, né?
Aí vai um registro da tão esperada festa!

Fotos tiradas por Adriano