terça-feira, 30 de novembro de 2010

A bola na barriga

Imagem Mariana Massarani
 
Gá está um pouquinho acima do peso. Não que isso a incomode e ninguém tem nada haver com isso, né?
E você deve estar se perguntando o que tem haver os kilos de Gá com este blog.
Eu te respondo:
Era uma manhã como outra qualquer.
Gá cuidava do Vini.
Vini parecia pensar em algo realmente importante, algo que fizesse toda a diferença do mundo.
Olha para Gá e pergunta:
"Gá, na sua barriga tem bola?"

Apesar dos protestos de Gá, não podia deixar de registrar mais essa descoberta do Vini: Não, não tem nenhuma bola na barriga de Gá...

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Retrospectiva

Falta menos um mês pro aniversário do Vini.
Enquanto ele vive momentos de ansiedade, perguntando todos os dias se a festa do Mickey já chegou, eu vivo momentos de retrospectiva.
Esse período pré-aniversário, me faz relembrar todos os momentos até aqui, todos os medos e anseios e também me faz esquecer como era minha vida antes dele, é como se eu também tivesse nascido naquele dia.
E nasci! Nasci como mãe.
E nesse nascimento, esqueço inclusive do dia do meu aniversário, que também se aproxima, mas não tem mais a importância que tinha.
E pra completar a nostalgia, fica uma foto do dia que nós dois, me arrisco dizer nós três, nascemos... nascemos para um mundo novo, desconhecido e muito mais feliz.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Diálogo com a tv



Fim de semana e o Francisco foi viajar trabalhar.
Como Vini toda hora perguntava pelo pai, resolvi colocar um DVD do Quarteto em Cy, onde o Francisco faz uma participação, e aproveitar e mostrar pro Vini o trabalho do pai.

Está ele animado, olhando pra TV e fala:
"Pai, tô aqui, fala comigo"
Eu explico pra ele que o pai não podia ouvi-lo e ele me olha com a maior cara de desdém e fala:
"Pode sim, mãe, olha ele ali".
E todo cheio de si, dá ordens ao pai:
"Pai, paia de cantar e fala comigo"

terça-feira, 23 de novembro de 2010

E na Veja...



Bom, já que o papo é mídia, não podia deixar de registrar também uma outra aparição do Vini, dessa vez na Revista Veja Rio

O mais interessante foi quando ele se viu na revista, virou para mim e falou:
"mamãe, eu estou na historinha".

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Dicionário

Registro de algumas palavras que fizeram e outras que ainda fazem parte do dicionário Vinicês:
solenta - sonolenta
jasco - vasco (essa palavra não precisava ter aprendido... )
toptor que virou toptodor - computador
Gá - Rita
gui - chupeta                                          
Liva - Lívia
au-au que virou canina, que virou Jocanina - Jovelina
ondibus - ônibus
caforro - cachorro
leleca - meleca
capeuzinho camelo - chapeuzinho vermelho
picoca - pipoca
cananha - aranha
Caiéque - Sherek
Minei - Minnie
caiamba - caramba
catofone - telefone
cacano - tucano
cacuga - tartaruga
pupu - chuva
dôdou - remédio
icóia - escola
guiu - tigre e esquilo
gau - dinossauro
cóti - Croc
cassé - café
piguinho - pequeno
guê - cobrir/ coberta
mimir - travesseiro
capau - pica-pau
pipiá - piscina
cacoto - biscoito

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mais sobre o trabalho...


Toda vez que o Vini acorda antes de eu sair pra trabalhar, é o mesmo lenga-lenga:
"Mãe, não trabalha não"
"Meu filho, eu preciso trabalhar para você poder ter suas roupinhas... blá blá blá, wiskas sachet".
Como os trabalhos do Francisco geralmente incluem viagens, quando ele vai trabalhar, falamos pro Vini que o pai vai viajar e sendo assim, na cabecinha de Vinícius, eu saio para trabalhar, mas o pai não.
Um dia um amiguinho dele, o Matheus, foi lá pra casa brincar com o Vini.
Aproveitamos e saímos com os dois para poderem se divertir mais.
O papo estava bem animado no banco de trás do carro, quando o Matheus fala para o Vini que o pai dele não tinha ido trabalhar porque estava doente.
Eis que o Vini responde:
"Meu pai não trabalha. Só quem trabalha é a minha mãe".

A partir daí, tivemos que mudar o rumo da proza e atualmente o Francisco também sai para trabalhar...

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Um passeio com a vovó Cici

Vini, como a maioria dos meninos da sua idade, adora movimento. E adora carro.
Carro em movimento então, é uma combinação perfeita.
A imagem não está boa, pois a foto foi tirada do celular.
Quando estamos andando de carro, ele vai lá na sua cadeirinha, observando tudo e todos e claro, dando palpite.
Pai, cuidado!
Já colocaram o cinto?
Olha o camião.

Pois bem, como no feriado o tempo não estava dos melhores, nosso plano de um passeio ao ar livre não rolou, então fomos para a casa da vovó Cici, almoçar e de lá, iríamos para um shopping.
Como o vovô Ruy e o tio João programaram um futebol o Francisco se animou e fomos para o shopping só Vini, vovó Cici e eu.

Quando estávamos no carro, prontos para sair, vovó ainda fazia umas manobras, pois a garagem do prédio onde ela mora, é cheio de pilastras, quando Vini, querendo movimento, fala:
"Começa vovó".
Passados longos 10 segundos e como a vovó ainda não tinha saído da garagem, ele pede:
"Dirige, vovó".

Prontos para a largada!!!

E nesse passeio, ele olha pelo retrovisor e descobre algo que os outros primos já descobriram há algum tempo. Pensa um pouquinho e me fala ao pé do ouvido:
"Mamãe, a vovó é pequena, né?"

É sim, meu gigante, a vovó é pequena...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O rabo do menino

Há algum tempo Vinícius começou a descobrir que diferenças existem...
Estava ele todo concentrado mostrando um livro novo pra Gá (conhecida por algumas pessoas como Rita e é quem nos ajuda na grande tarefa de cuidar do Vini).
O livro era um daqueles que os bichinhos tem pelos, pra que a criança possa tocar.
Em meio a todo seu encantamento com o rabo de um coelhinho, vira pra Gá e pergunta:
"Gá, eu tenho rabo?"

Bom, só se for fogo no rabo, igual o Menino Maluquinho....

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O Lobo Mau

O Lobo queria entrar na casa de palha. O Porquinho não deixou.


  O Lobo soprou e o Porquinho fugiu.


Depois o Lobo quis entrar na casa de madeira. O Porquinho não deixou e o Lobo soprou e a casa voou.


O Lobo quis soprar a casa de tijolo. Mas ela era muito dura.



O Lobo entrou pela chaminé e o Porquinho colocou uma panela de água quente.


O Lobo queimou o rabo e saiu correndo gritando. E os Porquinhos ficaram felizes.


Texto construído em conjunto pela turma do Uru-Eu-Wau-Wau. E um viva para a Valéria!

Essa é só uma das atividades que Vini anda realizando na escola. E há quem diga que nessa idade crianças só vão pra escola pra brincar. Claro que essas pessoas não conhecem a Oga Mitá.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Para refletir...

Recebi este texto num e-mail da mãe de um amiguinho do Vini. Achei lindo e resolvi compartilhar com aqueles que passarem por aqui.
   
Antes que eles cresçam!

Trechos do texto de Affonso Romano de Sant'Anna

Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos.

É que as crianças crescem.

Independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados, elas crescem sem pedir licença. Elas crescem com uma estridência alegre e, às vezes, com alardeada arrogância. Mas não crescem todos os dias, de igual maneira; crescem, de repente.Um dia se assentam perto de você no terraço e dizem uma frase de tal maturidade que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.Onde e como andou crescendo aquela danadinha que você não percebeu? Cadê aquele cheirinho de leite sobre a pele? Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços, amiguinhos e o primeiro uniforme do maternal?

Ela está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil. E você está agora ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça. Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão elas, com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros ou, então com a suéter amarrada na cintura. Está quente, a gente diz que vão estragar a suéter, mas não tem jeito, é o emblema da geração.

Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos.

Deveríamos ter ido mais vezes à cama delas ao anoitecer para ouvir sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de colagens, posteres e agendas coloridas de pilô. Não, não as levamos suficientemente ao maldito “drive-in”, ao Tablado para ver “Pluft”, não lhes demos suficientes hambúrgueres e cocas, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas merecidas.

Elas cresceram sem que esgotássemos nelas todo o nosso afeto.

No princípio subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, comidas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscinas e amiguinhos. Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de sorvetes e sanduíches infantis. Depois chegou a idade em que subir para a casa de campo com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma aqui na praia e os primeiros namorados. Esse exílio dos pais, esse divórcio dos filhos, vai durar sete anos bíblicos.

Agora é hora de os pais na montanha terem a solidão que queriam, mas, de repente, exalarem contagiosa saudade.O jeito é esperar. Qualquer hora podem nos dar netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco. Por isso, os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável afeição.

Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto.

Por isso, é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que elas cresçam.

sábado, 6 de novembro de 2010

O Segredo

Mãe, posso te contar um segredo?
Claro meu filho, conta.
Eu te amo!

Tem forma melhor de começar o dia?


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O trabalho enobrece o homem...

Mãe, você já acordou?
Sim, filho, já acordei.
Vai trabalhar, não, mãe.
Filho, a mamãe precisa trabalhar.
Um choro ameaçou surgir...
Filho, mas amanhã a mamãe não vai trabalhar e aí a gente vai curtir muito, tá?
Mãe, hoje tem "curtir"?

E assim iniciou-se mais uma manhã de explicações sobre o porque precisamos trabalhar.
Mas acho que Vinícius já aprendeu essa lição...
Embora o Estatuto da Criança e do Adolescente proíba o trabalho infantil, eis que ele insiste em trabalhar...


Antes que os desavisados já pensem em procurar o Conselho Tutelar, Vinícius que não é bobo nem nada está respaldado em outras "leis", já que os espíritos falaram a Kardec que o trabalho é Lei da Natureza (Livro dos Espíritos, questão 674) , ele continua trabalhando...


A mamãe agradece tanta ajuda e promete que assim que estiver tudo arrumadinho, vai rolar muita curtição.


quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Jovelina ou melhor, Jocanina!

A Jovelina surgiu nas nossas vidas antes de pensarmos em ter filho. Talvez estivéssemos ensaiando, sabem como é, vamos treinando com um bichinho para termos uma ideia de como é cuidar de alguém.
Bom, para quem está pensando assim adianto, não é nada, nem de longe parecido, cuidar de um cachorro (ou outro bicho) e cuidar de um filho. Mas só passando pela experiência para ter essa certeza.
Pois bem, quando descobrimos a gravidez, muitas pessoas sugeriram que nós nos desfizéssemos da Jovelina, mas como assim, desfazer? Dar pra outra pessoa, aquela que já era nossa companheira há 02 anos? Não, isso nem passava pela minha cabeça.
"Ah, mas ela vai estranhar o bebê"...
"E ela pode te passar alguma doença, ou pro bebê"...
"Imagina o bebê dormindo e ela latindo sem parar"...
Esses eram alguns argumentos que ouvimos.
Como todo réu tem direito a uma defesa, fomos em busca de outras informações.
Conversamos com a veterinária que, claro, foi absolutamente contra a gente abrir mão da Jovelina, considerando que ela não poderia transmitir nenhuma doença, já que suas vacinas estão sempre em dia e que tudo na vida (até dos animais) é questão de costume, logo ela se acostumaria com o bebê.
Fomos ouvir mais uma opinião, da minha obstetra, que também saiu em defesa da permanência da Jovelina.
E assim foi...
Vinícius nasceu e realmente, a Jovelina estranhou um pouco, nunca "atacou" ele, mas não entendia bem o que era aquela miniatura de gente, que também estava morando com a gente.
O tempo foi passando, Vinícius crescendo e começando a interagir com a Jovelina.
Durante um bom período não era a Jovelina que representava algum risco pro Vinícius e sim o contrário.
A vontade de abraçar, fazer um carinho, se traduziam na maioria das vezes num puxão no pelo ou num dedo no olho, o que fazia a Jovelina ter medo da Felícia, ops, doVinícius e se esconder...
Hoje os dois já brincam sem maiores problemas, claro que às vezes o abraço é forte demais o que resulta numa rosnada que é encarada com a maior gargalhada.
A Jovelina, que era "au-au", virou "Canina" (percebam que o menino já está ligado!) e hoje é "Jocanina" no dialeto próprio de Vinícius, e são grandes parceiros nos jogos de bola, bom, isso quando ela não fura a bola, né?
Esses são alguns dos registros dessa grande "amizade":

Primeiros contatos diretos:
 E foi ela quem ensinou ele a engatinhar e a pegar objetos:
 Desejando um bom dia:
 Se interando do que está acontecendo:
 Altos papos:
 Prontos para brincar:
 Essa foi a vez dele visitar o cantinho dela:
Acho que ele estava explicando para ela como se alimentar direito:

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Estreando

Mãe, você já chegou?
E assim fui acordada, às 6h00 da manhã, depois de passar a noite dormindo ao lado dele, que apesar de não ter tirado as pernas de cima da minha barriga, nem tinha percebido que eu ali estava, mas não esqueceu que foi dormir antes de eu chegar em casa.
Essa foi a primeira pergunta da manhã, numa sequência interminável que tinha desde perguntas sobre a sua festa de aniversário até que dia voltaria para a escola, pra encontrar o Lobo Mau.
Conversando sobre tantas perguntas, cada uma mais engraçada que a outra (por exemplo: Gato voa?), resolvi registrar esses momentos, para que possam ficar eternizados para que nos lembremos de cada detalhe de sua vida que cada dia tem uma nova descoberta e para que aqueles que não podem ter contato diário com Vinícius possam saber o que ele tem descoberto.

E aproveito para deixar aqui uma foto do futuro artista da família.