A Jovelina surgiu nas nossas vidas antes de pensarmos em ter filho. Talvez estivéssemos ensaiando, sabem como é, vamos treinando com um bichinho para termos uma ideia de como é cuidar de alguém.
Bom, para quem está pensando assim adianto, não é nada, nem de longe parecido, cuidar de um cachorro (ou outro bicho) e cuidar de um filho. Mas só passando pela experiência para ter essa certeza.
Pois bem, quando descobrimos a gravidez, muitas pessoas sugeriram que nós nos desfizéssemos da Jovelina, mas como assim, desfazer? Dar pra outra pessoa, aquela que já era nossa companheira há 02 anos? Não, isso nem passava pela minha cabeça.
"Ah, mas ela vai estranhar o bebê"...
"E ela pode te passar alguma doença, ou pro bebê"...
"Imagina o bebê dormindo e ela latindo sem parar"...
Esses eram alguns argumentos que ouvimos.
Como todo réu tem direito a uma defesa, fomos em busca de outras informações.
Conversamos com a veterinária que, claro, foi absolutamente contra a gente abrir mão da Jovelina, considerando que ela não poderia transmitir nenhuma doença, já que suas vacinas estão sempre em dia e que tudo na vida (até dos animais) é questão de costume, logo ela se acostumaria com o bebê.
Fomos ouvir mais uma opinião, da minha obstetra, que também saiu em defesa da permanência da Jovelina.
E assim foi...
Vinícius nasceu e realmente, a Jovelina estranhou um pouco, nunca "atacou" ele, mas não entendia bem o que era aquela miniatura de gente, que também estava morando com a gente.
O tempo foi passando, Vinícius crescendo e começando a interagir com a Jovelina.
Durante um bom período não era a Jovelina que representava algum risco pro Vinícius e sim o contrário.
A vontade de abraçar, fazer um carinho, se traduziam na maioria das vezes num puxão no pelo ou num dedo no olho, o que fazia a Jovelina ter medo da Felícia, ops, doVinícius e se esconder...
Hoje os dois já brincam sem maiores problemas, claro que às vezes o abraço é forte demais o que resulta numa rosnada que é encarada com a maior gargalhada.
A Jovelina, que era "au-au", virou "Canina" (percebam que o menino já está ligado!) e hoje é "Jocanina" no dialeto próprio de Vinícius, e são grandes parceiros nos jogos de bola, bom, isso quando ela não fura a bola, né?
Esses são alguns dos registros dessa grande "amizade":
Primeiros contatos diretos:
E foi ela quem ensinou ele a engatinhar e a pegar objetos:
Desejando um bom dia:
Se interando do que está acontecendo:
Altos papos:
Prontos para brincar:
Essa foi a vez dele visitar o cantinho dela:
Acho que ele estava explicando para ela como se alimentar direito: